quarta-feira, 16 de julho de 2008

Apresentação final _ Eixo IV

No dia dez de julho, os alunos e alunas do Pead, compareceram ao pólo de Três Cachoeiras, para a apresentação da síntese do Portfólio de Aprendizagens do IV semestre.

Foram momentos muito intensos, onde percebia-se a ansiedade e o nervosismo de todos.

Passar por esta apresentação proporcionou mais um grande exercício de troca de experiências e aprendizagens entre os colegas além de exercitar a oralidade, enfrentando o público.

Ao montar minha síntese do portfólio, constatei mais uma vez o auto nível de organização do curso que prevê e realiza um trabalho realmente interdisciplinar.

Todas as quatro interdisciplinas falaram do mesmo assunto: tempo e espaço, sob enfoques diferentes mas ao mesmo tempo interligadas. Para auxiliar minha apresentação, usei um power point com quatro frases onde procurei sintetizar minhas aprendizagens.

“A criança é um ser social” para falar da inserção da criança de forma consciente no seu grupo social e gradativamente à grupos maiores, visto em Estudos Sociais. Dos cuidados com este espaço e as conseqüências do desequilíbrio causado pelo homem, em Ciências. Percepções das formas e medidas dos objetos e de si próprio em Matemática.

“Tudo se completa de algum jeito” Seminário Integrador, propôs a construção de um plano individual de estudos, conseguindo dar um fechamento a todas as interdisciplinas, planejando para que haja uma sintonia com todas as áreas do conhecimento, pois o tempo e o espaço estão sempre presentes em nossas ações.

“Os caminhos são diversos, mas o objetivo final é o mesmo” as interdisciplinas tinham um foco final: tornar o aluno um ser atuante no meio em que está inserido e fazer a diferença.

“A quebra de paradigmas”, na apresentação elegi como aprendizagem destaque a reação que todas as interdisciplinas provocaram em mim, a quebra de conceitos, concepções e verdades antigas, me fazendo repensar, processá-las dentro de mim e construir novos conceitos até que se quebrem novamente.

Constatei que embora tenha havido uma transformação em minha prática pedagógica, muito ainda falta a ser feito.

Preciso trabalhar mais detalhadamente como fazer a interligação em minhas aulas das disciplinas assim como foi feito no eixo IV, para não continuar aplicando atividades desconexas.

ARROIO TEIXEIRA através dos tempos


Há mais ou menos uns setenta a cinco anos atrás, o balneário Arroio Teixeira era apenas mar, cômoros de areia, junco, macega, um arroio e algumas choupanas usadas por pescadores.

Perto do arroio estabeleceu-se uma família de sobrenome Teixeira dando o nome de Arroio Teixeira à localidade.

Com a compra de alguns lotes de terra pelo senhor Tupy Feijó e para marcar o loteamento e início de urbanização da praia, foi colocada ali uma cruz de madeira que serviria também de referência para quem viajava pela praia, única via de acesso existente. Vendo a cruz saberiam que estavam chegando em Arroio Teixeira onde tinha também água pura e cristalina para beber e dar aos animais.

Mais tarde a cruz serviu como agência de correio, a correspondência vinha pelo ônibus que semanalmente fazia uma viagem de Osório ou Porto Alegre para Torres, eram deixadas numa caixa, e os poucos moradores ali depositavam ou pegavam as cartas.

Por causa da cruz foi cogitado em mudar o nome da praia para Santa Cruz, mas desistiram.

Com o passar do tempo a madeira da cruz apodreceu e foi jogada no mar.

Muitos anos depois com a tentativa de emancipação de Arroio Teixeira, houve um resgate deste objeto de memória, contada por moradores mais antigos e um interesse em restituir a cruz como marco referencial do início da história.

Foi então construída uma réplica da cruz de madeira do mesmo tamanho e fixada na praça, voltada para a mesma direção de onde estava a original.