segunda-feira, 26 de abril de 2010

MECANISMOS DE APRENDIZAGENS

Estudando sobre Piaget, ele nos fala que devemos entender o processo mental que o aluno faz quando vivencia e se apropria de uma aprendizagem. Gostaria realmente de ter esta competência e poder saber como ocorre isso por exemplo com um aluno meu que sem saber ler, consegue ler os nomes nos crachás dos colegas e em pouco tempo de trabalho com os nomes.
Certamente ele possui uma ótima memória visual, mas interiormente ele está desenvolvendo um mecanismo de aprendizagem que lhe permite fazer associações pois tem quatro colegas que começam com a letra M, então precisa ir além de decorar a primeira letra.
Mesmo não tendo uma noção exata do que está ocorrendo em suas cabecinhas, posso sentir a emoção no olhar de cada um, a satisfação de poder ler várias palavras, a alegria está estampada em cada rosto. É uma experiência única.
Estas cenas reafirmam como é importante jogar tudo que puder de informações para as crianças e que elas estão ávidas para receber.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

AS CRIANÇAS E O COMPUTADOR

Sempre que pensei no estágio, pensei com minha turma de educação infantil e sempre foi uma preocupação como registrar as produções destes alunos usando ferramentas tecnológicas.
Meu objetivo é colocá-los em contato com esta ferramenta e estou fazendo isto pois minha escola possui um laboratório de informática. Mas tenho consciência de que isto não acontecerá da noite para o dia. Os alunos não possuem contato prévio com computadores então precisam familiarizar-se com o mouse e o monitor. Num programa educativo instalado, eles já estão pintando desenhos e com a ajuda de seus crachás escreveram seus nomes.
Parece tão pouco falar que já estão fazendo isto, mas para eles é uma vitória, uma descoberta importantíssima, o momento mais esperado por eles é o dia de ir para o laboratório.
O computador é tão poderoso, pena que não tenha o poder de registrar a satisfação de cada olhar das crianças ao saberem que estão dominando mais uma etapa.
Sei que para os professores que me acompanham é importante verem algo mais concreto, mas com as crianças pequenas nada é tão importante quanto vê-los trabalhando.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ESTÁGIO TEORIA X PRÁTICA

Durante o percurso dos sete semestres, tivemos uma preocupação constante com as apresentações dos workshops, além de serem um momento intenso da concretização das aprendizagens expressas nas sínteses finais de cada eixo, era um momento de exercitar a oralidade para a apresentação final do curso, com certeza chegarei lá muito mais confiante.
Agora vejo que o exercício de estágio também deveria ter mantido uma regularidade durante o curso, com mais previsões de realização, talvez um por ano, num tempo mais reduzido. Pois o estágio também propícia um momento intenso de crescimento e experiência, de concretização das aprendizagens. Colocarei na prática o que vi na teoria.
Talvez deixe um gosto de “poderia ter feito melhor ou diferente”, por ser único. Preparar para o estágio, acredito que seja a tônica de tudo, pois é onde efetivamente usarei o que vi no curso, onde haverá uma relação direta com o que aprendi e o que realmente consigo colocar em prática e ver seus resultados positivos ou negativos, o que é viável ou inviável.

domingo, 4 de abril de 2010

ESCOLA X FAMÍLIA

Reunião com os pais de meus alunos

O trabalho realizado na escola só terá efetivamente sucesso, se houver uma parceria com a família, por isso é uma prática minha realizar uma reunião com os pais de meus alunos de pré-escola, no início do ano letivo para conversarmos e combinarmos algumas tomadas de atitude.
Acho importante conversar com eles porque percebo que são pais amorosos e preocupados com seus filhos, mas falta a preocupação com o desenvolvimento de bons hábitos, de valores e de impor limites. Ás vezes eles acham que educar é bater no filho quando fazem algo errado, tanto que quando avisei da reunião, senti que algumas mães estranharam e imaginaram que seus filhos estariam dando problemas na escola, tranquilizei-as dizendo que não seria para falar mal de seus filhos que nos reuniríamos.
Na reunião esclareci que o objetivo da pré-escola não é a alfabetização propriamente, mas sim colocar as crianças em contato com todas as situações de leitura e escrita e despertá-las para esse mundo.
É um trabalho sério e importante para o crescimento das crianças mesmo que pareça apenas brincadeiras, mas que através delas surgem inúmeras possibilidades de desenvolvimento, que deve ser valorizado em casa, perguntando o que fizeram na escola, ter paciência e reservar um tempo para todos os dias ouvirem seus relatos, suas histórias e músicas. Com esta dedicação aos filhos nesta fase, estarão garantindo o sucesso deles em toda sua vida escolar.
Enfatizei a importância de falarem claramente e usarem frases completas ao dar informações como por exemplo: coloque o tênis no pé direito, levante o pé esquerdo.
Acreditar na capacidade e facilidade que eles tem de aprender e que este é o momento de criar compromissos e hábitos. Aqui a parceria é fundamental, que eles tenham compromissos na escola e em casa também.
Os pais e mães concordaram também em controlar o lanche dos alunos na escola, procurando mandar alimentos saudáveis e liberar a sexta-feira como “dia da porcaria”, quando poderão permitir bolachinha recheada, salgadinhos e refrigerantes.
Com apenas um mês de aula, relataram que já observam mudanças no comportamento das crianças, interessando-se por livros, organizando seus pertences em casa, expressando-se melhor e contando com entusiasmo o que vivenciam na escola.