quinta-feira, 12 de novembro de 2009

UMA NOVA POSTURA

Todas as leituras e discussões do curso do Pead, estão me levando a adotar uma nova postura como educadora que prepara para a alfabetização e promove momentos em que os alunos sejam agentes de transformações do mundo.

Esta nova postura está me levando em primeiro lugar a ser observadora e investigadora da maneira como acontece a aprendizagem se processa na cabecinha de meus alunos.

Esta visão de que a aprendizagem ocorre de dentro para fora e não o contrário, me leva a ser observadora e admiradora das reações e respostas dos alunos.

Cada criança apresenta um nível de desenvolvimento e no fato de serem levadas a ser observadoras da construção dos colegas, faz com que avaliem seu próprio agir. Trago aqui um exemplo de uma situação que provoquei em minha aula, pedindo que duas meninas que já estão lendo e escrevendo, escrevessem uma parlenda no quadro que já estamos trabalhando.

Ao avaliarem e compararem, os dois textos escritos, observaram que uma diferença era que uma escreveu deixando espaços entre as palavras e a outra não.

Pedi que pintassem os espaços e a diferença ficou mais visível, a própria escritora sentiu dificuldades para ler seu texto. Falamos a parlenda, batendo uma palma para cada palavra.

No outro dia a mesma menina pegou uma folha e sem que eu pedisse ela escreveu a parlenda com espaços entre as palavras e disse que agora estava pensando melhor quando escrevia e sabia que não eram todas emendadas.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

TEMAS GERADORES

Durante estes anos todos de magistério, construí a ideia de que falar em alfabetização é mostrar um método que inicie mostrando a palavra ou letras e já pedindo ao aluno que escrevesse ou lesse o que estava escrito.
Quando assisti o vídeo de Paulo Freire sobre os temas geradores, estava com esta espectativa, mas vi um processo totalmente oposto.
Observei que o processo de aprendizagem dos alunos vai acontecendo naturalmente, através de discussões de fatos de sua realidade e de seu cotidiano. O professor não trás nada pronto, mas vai fazendo intervenções durante as conversas de maneira a explorar e valorizar o que os alunos trazem em suas experiências de vida ou bagagem cultural.
Não existe uma lista de conteúdos determinados, o professor não sabe qual assunto será discutido, mas ele aproveita todas as situações e tira delas palavras que serão exploradas.
Os alunos vão discutindo sobre os problemas reais, procurando soluções e começam escrevendo dá maneira como pensam sobre a palavra. A escrita e leitura para eles cria um sentido porque estão lendo e escrevendo para resolverem seus problemas e não coisas sem sentidos. Acredito que a educação desta maneira contribua para que os sujeitos sejam os verdadeiros transformadores do mundo.