quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SETEMBRO - SEMANA IV

As leituras e discussões dos três primeiros eixos do curso do Pead, me levaram a adotar uma nova postura como educadora que prepara para a alfabetização e promove momentos em que os alunos sejam agentes de transformações do mundo e construtores de seu próprio conhecimento como destaca Paulo Freire.
O uso de referenciais teórico para embasar minhas produções e reflexões foi um excelente exercício de integração da prática com a teoria. Um desafio que me possibilitou maior crescimento no campo profissional e pessoal e que muito tem facilitado na escrita do meu trabalho de conclusão.
As reflexões me permitiram ver o que está dando certo e o que precisa ser modificado, descobrir elementos para redirecionar o planejamento e minhas ações. Uma das descobertas que fiz foi que preciso respeitar mais o tempo de cada criança e não me apressar em dar respostas, elas precisam descobrir por si. Outra descoberta me reporta a uma frase que li na visita a Bienal, na interdisciplina de Artes Visuais, dizia: O visível de tão visível, torna-se invisível. Quando revisitei os dois primeiros eixos, concluí que não encontrei algo que contribuísse para o meu TCC.
No entanto agora vejo a importância desta caminhada para a construção de minha autoridade como professora diante dos alunos, a segurança daquilo que estou fazendo levando ao respeito a liberdade e o despertar da autonomia de cada um.

domingo, 19 de setembro de 2010

SETEMBRO - SEMANA III


O terceiro eixo do Pead, foi talvez o mais marcante durante o curso, pela sua dinâmica e por ser muito prático. Não teríamos como ter uma aula de Música sem cantar e dançar, de Literatura sem ouvir e contar histórias, Artes Visuais sem apreciar uma obra e não sentir vontade de se atrever a ser um pouco artista também, Ludicidade sem brincar, criar brinquedos e brincadeiras, Teatro sem exercitar o lado de dramatização que todos temos, mas que fica escondido.

Todas estas atividades e descobertas foram enriquecidas com reflexões postadas no blog Portfólio de Aprendizagens, sob a orientação do Seminário Integrador sem contar com aplicação prática em minha sala de aula de tudo que vivenciava presencialmente ou on line nas aulas.

Neste semestre comecei realmente “Olhar da terceira margem”, frase tema da 6ª Bienal, do conto de Guimarães Rosa, vi que sala de aula é lugar de brincar, que a música está na alma, que é preciso ter consciência de nosso corpo, que a arte está em toda parte e que refletir é preciso.

Nesta revisita ao eixo, pude fazer um relacionamento com meu assunto do TCC, percebi a importância destas atividades propostas pelas interdisciplinas para contribuir no desenvolvimento da autonomia das crianças, aprendendo a brincar respeitando regras e criando outras, olhando de maneira crítica obras de arte, se expressando tanto na música como na dramatização consciente dos movimentos do corpo.

Para poder ajudar meus alunos nesta construção, eu como professora devo ter autoridade sobre os assuntos, isto é, transmitir credibilidade e segurança do que estou passando, sem ser preciso persuadir ou ameaçar para que realizem o que estou pedindo.

domingo, 12 de setembro de 2010

SETEMBRO - SEMANA II


No eixo II do Pead fui convidada a fazer um passeio pelos caminhos do conhecimento humano. Basicamente foram dois autores que ajudaram a entender melhor este processo de como a aprendizagem se constrói, Frued e Piaget, na interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia.

Freud através da psicanálise se preocupou com a parte do inconsciente e sua influência no consciente. Ajudou a refletir sobre as atitudes mais corretas para não provocar ou aprofundar certos traumas que eventualmente os alunos possam ter e que certamente todos temos nossos traumas e frustrações.

Piaget através da Epistemologia Genética, o estudo de como se dá o conhecimento e aprendizagem, ocupou-se do aprender, do aspecto mais consciente de nossa vida. Ele estudou os estágios do desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente para poder entender melhor como se dá o conhecimento e a aprendizagem em cada indivíduo. Destaca a importância fundamental que o aluno tenha um espaço para construir seu próprio saber, através de suas ações, interagindo com os outros, dialogando e expondo suas opiniões.

Na interdisciplina Escolarização Espaço e Tempo na perspectiva histórica, retornei à minha infância e busquei lembranças que estavam guardadas na memória. Resgatei a importância de deixar minha história registrada. Neste resgate também veio a história da escola, do seu surgimento e mudanças através dos tempos, que não foi sempre como a concebemos, passou por vários processos e atendeu diversos interesses.

Refleti também sobre os grupos sociais onde cada um tem sua história, sua cultura e regras e que para vivermos em harmonia é necessário nos adaptarmos e aos poucos ir acrescentando as marcas de nossa própria história.

A interdisciplina Fundamentos da Alfabetização, trouxe a discussão entre alfabetização e letramento. Na alfabetização temos a decodificação dos símbolos ou letras e letramento é o saber usar esta leitura e escrita de maneira reflexiva, dando sentido, interpretando o que está escrito. O aluno pode aprender a decodificar, estar alfabetizado e não estar letrado.

Neste eixo II também não encontrei referências ao assunto que pretendo investigar no meu TCC, Autoridade.

domingo, 5 de setembro de 2010

SETEMBRO - SEMANA I


AS DESCOBERTAS DURANTE O EIXO I

A realização das interdisciplinas do eixo do Pead fez com que eu vasculhasse minha vida, minhas experiências e aprendizagens e expressasse de forma reflexiva o que construí durante minha trajetória nos demais campos do conhecimento, como professora, aluna e pessoal. Estas reflexões foram se dando a luz de textos de autores como Miguel Arroio, Saramago, Durkhein, Weber, Karl Max e Engel, interdisciplina Escola Sociedade e Cultura, e saí em busca da “Ilha do desconhecido” (texto de Saramago), foi preciso sair de mim mesma para poder ir em busca do desconhecido. Nesta busca as certezas foram virando incertezas.
Para a procura do desconhecido era necessário me abastecer para ajudar na viagem. As ferramentas principais para esta jornada foram as tecnologias, elas serviram como um barco na imensidão do mar do conhecimento e informações, no início não sabia manejá-la, mas fui aprendendo durante a viagem e sempre que me sentia um pouco mais segura, achando que estava dominando melhor a situação, que já sabia me virar, apareciam novas maneiras e possibilidades de usá-la.
Neste início a organização do tempo foi primordial para que houvesse o máximo de aproveitamento de cada situação vivida. E sempre escrevendo muito, refletindo sobre cada nova descoberta, procurando relacionar com minha prática pedagógica.
Revendo a interdisciplina do Projeto Político Pedagógico, identifiquei o leme da escola, ele é o que dá o rumo a ela e deve ser pensado e construído pelos que dela fazem parte, só assim haverá um real interesse em colocá-lo em prática.
Nesta revisita ao eixo I não encontrei algo que desse um rumo ao meu trabalho de conclusão que pretendo falar sobre limites e autoridade na educação infantil.