terça-feira, 15 de junho de 2010

PROJETO DE APRENDIZAGEM NUVEM E CHUVA

Este projeto foi um momento de colocar os alunos em contato com situações de pesquisa próximo de algo que faz parte se sua curiosidade e não algo já pronto apresentado pela professora.
Partindo do princípio que o aluno não é uma tabula rasa, isto é, ele sabe e tem pensamento a respeito dos acontecimentos, portanto são capazes de formularem questões, levantar dúvidas e certezas.
Com os alunos de pré-escola não foi diferente, até mais produtivo porque eles ainda possuem a característica de serem curiosos, de querem saber os “porquês” de tudo. A função do professor é importantíssima nesse processo pois ele age como o mediador, articulando entre os alunos as formas de trabalho, os objetivos, os interesses, cuidando para que o ambiente de trabalho seja propício e harmonioso e ajuda a providenciar os recursos para a pesquisa.
Com os alunos que ainda não escrevem, o professor torna-se o escrivão, registrando todas as falas e descobertas da turma.
Direcionei o trabalho do projeto de maneira que a cada dia conversássemos um pouco sobre ele. No primeiro dia abri um momento para fazerem todas as perguntas que sempre tiveram vontade de fazer, sobre coisas que tivessem a curiosidade de saber como era ou com funcionava.
No segundo dia, analisamos as perguntas e por votação escolhemos apenas uma: Porque a nuvem chora e cai a chuva?
No terceiro dia levantamos as dúvidas e certezas. Nesse momento ficou claro que a pergunta deveria ser modificada porque existia uma certeza que explicava uma parte dela a de que a chuva não é gente, não tem olho nem boca então não pode chorar. Mas continuava a curiosidade em saber: Como a chuva se forma na nuvem?
Partimos para a pesquisa propriamente dita. Como descobrir a formação da chuva? As sugestões das crianças foram imediatas mas impossíveis. Precisei agir com muita habilidade para não desfazer das ideias e fazê-los pensar em algo viável, desde que não fosse um avião, helicóptero ou uma águia como sugeriram. Tentei fazer com que pensassem na possibilidade de saber através de livros, televisão, internet ou jornais, de maneira que surgisse deles e não de mim, embora talvez tenha sido o momento que precisei interferir mais incisivamente.
Resolvida esta questão, comecei a organizar e trazer para sala de aula livros didáticos que falavam sobre o ciclo da água, procurei sites na internet para mostrar a eles na nossa hora de informática.
Precisava algo mais do que ouvir ou ver através de desenhos. Comecei a questioná-los sobre o que havíamos descoberto que o sol aquece a água, ela fica leve, vira vapor, sobe, em contato com o frio transforma-se novamente em gotas de água e formam a nuvem, quando está muito pesada a água cai em forma de chuva, como poderíamos fazer uma experiência para provar que é isto mesmo. Um aluno disse que poderíamos esquentar a água. Então levei-os até a cozinha da escola e fizemos a experiência observado uma chaleira com água sob o fogo e uma tampa de panela recebendo o vapor que saía pelo bico até irem formando-se gotículas.
Construí com eles também um terrário e uma maquete para demonstrar claramente o processo da chuva.
Finalizando o projeto conversei com eles sobre o que gostariam de fazer com o que haviam aprendido, se gostariam de mostrar a mais alguém. Gostariam de apresentar para os colegas das outras turmas. Direcionei para como deveria ser esta apresentação, quais os cuidados deveriam ser tomados, qual a atitude de cada um diante dos colegas, o que seria dito e mostrado. Qual o local usaríamos. Decidimos fazer em nossa sala, expondo o material que havíamos coletado, ensaiaram o que iriam falar. A finalização do projeto foi especial. Os alunos estavam eufóricos em poder mostrar o que haviam aprendido para os outros colegas. Algumas crianças mais tímidas não quiseram falar, mas outras explicaram o caminho da chuva com muita clareza e desenvoltura.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

RESPOSTA AOS QUESTIONAMENTOS III

Promover a interdisciplinaridadena escola é tarefa complicada, principalmente no planejamento escrito, na prática é mais fácil fazer a transição de um assunto para outro através de conversas e quetionamentos sem parecer tão fragmentado. No momento estou trabalhando com acopa do mundo, a comunicação oral está sempre presente, a escrita aproveito para apresentar palavras como por exemplo BRASIL, com qual letra começa, quantas letras tem, quais outras palavras começam com B. A motricidade fina e ampla também é explorada, preparando bandeiras, bonecos, correntes, mascote, colorindo, recortando, montando, amassando. Músicas africanas são ótimas para trabalhar a musicalidade, o pulso e o rítmo. A matemática é usada ao contar letras, animais, jogadores. Questões étinicas também é um ótimo momento para ser abordada, trazendo a história "Menina bonita do laço de fita", levando-os a perceber que não importa sermos diferentes e sim especiais e que por isso o respeito deve vir em primeiro lugar.

RESPOSTAS AOS QUESTIONAMENTOS II

A semana que antecedeu o dia das mães foi toda voltada para elas e culminou com uma homenagem. Cada turma organizou a sua lembrança para ser oferecida a elas e também uma rosa no final da homengem. Esta iniciou com uma reflexão por um padre católico e um pastor evangélico que com muita sabedoria através de músicas e exemplos de mulheres bíblicas, souberem ressaltar o verdadeiro papel das mães, levando a refletir na importância da sua presença junto aos filhos, de saber impor limites e nunca poupar na dose do amor. Ao mesmo tempo, lembravam os filhos da dedicação de suas mães para lhes dar a vida e poder criar com esforços incasáveis e a retribuição dos filhos a tudo isto com muito amor, carinho e respeito.

RESPOSTA AOS QUESTIONAMENTOS I

Durante meu estágio procurei seguir os passos da proposta sócio-interacionista que concebe a aprendizagem como um fenômeno que se realiza na interação com o outro. Segundo Vigotsky, “a aprendizagem deflagra vários processos internos de desenvolvimento mental, que tomam corpo somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento”. É esta internalização que percebo estar acontecendo com meus alunos, eles interagiram com o objeto do conhecimento, no caso, o mundo da leitura e escrita e estão se apropriando desta aprendizagem.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

INICIANDO O PROJETO DE APRENDIZAGEM

Iniciei os trabalhos do PA com meus alunos, procurei seguir os passos como fizemos no curso. As perguntas não surgiram de um assunto que estamos trabalhando, procurei não interferir nas questões, apenas estimulei as crianças a pensarem perguntas e mais perguntas, aquele era o momento para poderem perguntar tudo que tinham vontade.
Dediquei em torno de trinta a quarenta minutos por dia para falar sobre o projeto, no primeiro dia listei todas as perguntas, no segundo dia escolhemos uma por votação, no terceiro dia falaram o que sabiam e o que gostariam de saber, as certezas e dúvidas. Neste momento mudamos nossa pergunta que inicialmente era “Por que a nuvem chora e cai a chuva?” para “ Como a chuva se forma na nuvem” pois constataram por conhecimentos próprios que a nuvem não pode chorar, se não é gente, não tem boca nem olho.
Mostrei a eles também o wiki criado para a turma. No quarto dia conversamos quais as maneiras que poderíamos encontrar informações mais precisas sobre o assunto. Esse momento precisei fazer um interferência mais consistente porque as soluções achadas ultrapassavam o mundo do irreal, fui interrogando até que percebessem que era impossível observarmos as nuvens usando um avião, ou helicóptero ou uma águia, por não possuirmos um e nem termos acesso.
Aos poucos foram surgindo idéias como pesquisar na internet e em livros.
“Como professores, temos o desafio de criar situações limites para explicações de nossos alunos, quando as consideramos insuficientes, de forma a construir um clima favorável à busca de novas informações." (Giordan, 1996).