sexta-feira, 23 de novembro de 2007

CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS

Contar uma história para mim ganhou um outro sentido, não é um simples passa tempo ou fonte de informação, mas é uma arte.
Preparando-me para esta atividade, refletindo sobre os textos que trabalhamos sobre a contação de histórias, também no teatro sobre a percepção de nossa postura corporal em cena, na música o rítmo e a melodia, entendi que antes de contar, precisamos encantar o ouvinte.
Todas as interdisciplinas de alguma forma nos preparam para este grande momento. A platéia teve também um papel fundamental. Nosso objetivo era contar uma história para crianças, se elas não estivessem lá, nossa motivação não seria a mesma.

A empolgação e o interesse delas foi contagiante, sentimos que nos transformamos e realmente incorporamos nossos papéis.
A preocupação não foi com uma boa performance porque a professora estaria nos avaliando e os colegas nos observando, mas porque tinha um público com olhinhos brilhantes, esperando o melhor de nós.

BIENAL II

A exposição no Santander Cultural das obras de Jorge Machi, causaram-me uma admiração muito grande. Pela sensibilidade artística de alguém que olha um jornal, coisa corriquiera que jogamos no lixo após uma rápida lida, e o transforma num outro tipo de leitura, não a de palavras, mas através de recortes e de montagens, feitos minuciosamente. Transforma um obituário em uma reflexão profunda sobre nossa própria existência, nos fazendo refletir que um dia também deixaremos nosso lugar em branco. Os casos de assassinatos e violências que convergem sempre para um mesmo ponto, usando a mesma expressão.
O uso dos mapas foi outra coisa interessante,
chamou atenção para as coisas que como o artista mesmo diz, o visível é tão visível que torna-se invisível. Nos provoca a olhar o lugar onde moramos prestando mais atenção a cada detalhe que estão ali não por acaso, tudo tem uma história e um porque. Guias turísticos feitos aleatoriamente apartir de um vidro trincado.
Montagem com as porções de água do rio Siena que corta a cidade de Paris, chamando a atenção para a água e não para as pontes ou construções a sua margem. Uma pauta musical, cheia de furos, nos leva a refletir se estamos à margem da vida ou estamos dentro dela. Quem são as pessoas que estão a margem e por quê? Meu filho foi junto comigo, ele me dizia: não sou mais o mesmo, minha cabeça é outra depois do que vejo, ( um pouco por deboche) mas tenho certeza que sem sentir ele realmente não saiu de lá mais o mesmo assim como nenhuma de nós.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

BIENAL

Visitei a Bienal antes da turma e fiquei mais uma vez surpresa diante de algo totalmente novo para mim, pois não havia tido a oportunidade de realizar uma visita assim. Confesso que imaginava um outro tipo de arte, alguma coisa decorativa, apenas de lazer.
Mas vi que é uma grande oportunidade de enriquecimento dos conhecimentos por meio dos conteúdos e das mensagens encontradas nas obras expostas na Bienal.
Conteúdos estes que precisam ser explicados pelos mediadores ou na maioria das vezes não conseguimos entender ou decifrar qual a real intenção do autor em seu significado.
A observação das obras nos exige o desenvolvimento crítico do pensamento, porque temos a revelação do próprio autor do seu processo de criação, mas ao mesmo tempo ele nos permite liberdade para criar também outros entendimentos.
O que vemos não é o que vemos, existem inúmeras maneiras de interpretar. Saímos destes espaços culturais, vendo arte em tudo. Cada outdor, propagandas, sinalizações, enfim, são criações artísticas e as mais interessantes são aquelas que nos levam a refletir o que o autor quis dizer com isto? Que situação estava vivendo?
Concluí que a vida é uma grande arte.

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Música na alma


Sem dúvida a música é algo contagiante que entranha em nosso ser e desperta sensações de alegria e satisfação. Quem sabe usar ou desenvolveu esta habilidade de contagiar através da música, torna-se uma pessoa agradabilíssima, como é o caso de nossa professora de música, Leda. A música passa pelos poros da pele e toma conta de todo o ambiente. Foi assim que suavemente despertei para um novo olhar de como posso trabalhar música com meus alunos. Já havia despertado para o trabalho com grandes mestres em artes visuais e vi que posso e devo também mostrar aos meus alunos outros tipos de músicas além das que estão na mídia. Se a mídia influencia o gosto musical pela insistência, podemos aos poucos incutir um novo repertório musical nas crianças. Conhecer alguns pintores famosos, fascinou meus pequenos alunos de pré, conhecer compositores famosos certamente surtirá o mesmo efeito. Fazer a releitura das obras possibilitou um contato certamente inesquecível em suas apreciações por obras de arte, na música pretendemos começar por um estilo clássico, ouvindo, discutindo as sensações que nos despertam e sabendo alguns detalhes dos autores. Este será assunto para uma nova postagem. Até lá.