domingo, 21 de novembro de 2010

QUARTA POSTAGEM DE NOVEMBRO - REVISÃO

Muitas coisas faria diferente, esta foi a principal ideia que me acompanhava durante a revisita aos nove eixos do pead. Observei um crescimento em minhas reflexões e escrita desde o início. As ideias foram tornando-se mais coesas, menos abstratas. No início observei que não conseguia apresentar argumentos e evidências claras, fui crescendo aos poucos neste exercício proposto pelo Seminário Integrador.

A apresentação dos trabalhos também foi um crescente. Comecei com postagens de apenas respostas, depois acrescentei uma introdução para esclarecer sobre o que estava falando, comecei a usar cabeçalho completo de identificação. Comecei a usar uma introdução sobre o que se tratava o trabalho. Algumas postagens não tinham uma ideia de conclusão, no final já notei esta preocupação em dar um fechamento ao assunto.

Senti muita falta de não ter feito o exercício de usar as referências bibliográficas durante o curso em meus trabalhos, fiz apenas alguns pequenos ensaios, e isto me fez falta agora na construção do TCC por não achar a fonte de onde tinha tirado uma ideia de determinado autor. Piaget e Paulo Freire que foram os mais usados, gastei mais tempo procurando o texto. O diálogo com os autores também achei que deixaram a desejar em minhas postagens, poderia ter relacionado mais minha prática pedagógica com o que eles dizem.

Mas enfim tudo é um aprendizado, não teria chegado até aqui se não tivesse começado e se já soubesse tudo não teria necessidade de fazer o curso. Vi que sou capaz de ir mais além. Confesso que estou ansiosa para fazer um curso de pós-graduação e continuar crescendo. Certamente minhas produções terão um nível bem mais elaborado depois desta caminhada no curso de Pedagogia e das orientações valiosíssimas recebidas dos professores e tutores.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

TERCEIRA POSTAGEM DE NOVEMBRO - EIXO IX

A construção do trabalho de conclusão (TCC) do Curso Licenciatura em Pedagogia da Ufrgs aconteceu no nono semestre. Minha questão inicial da pesquisa seria sobre os limites na Educação Infantil, depois por orientação de minha supervisora do TCC, resolvi investigar sobre a construção da autoridade do professor em sala de aula. Embasei a pesquisa principalmente nos autores Paulo Freire, François Dubet, Yves de La Taille. Nesta construção, muitas perguntas e dúvidas que me preocupavam a respeito da às vezes tão difícil relação professor e aluno, ganharam um novo olhar. Eu comecei a refletir sobre como meu aluno está me vendo, que reações minhas atitudes provocam nele, qual o grau de credibilidade, afetividade e segurança do que estou fazendo, passo para ele. Estes três conceitos senti estarem interligados entres os autores que li para fazer o trabalho.

Sob a orientação de minha supervisora fui muitas vezes advertida para não fazer “generalizações”, esta palavra vou levar comigo por muito tempo, ou generalizando, para sempre. Tornou-se um compromisso meu em muitos dos meus pensamentos, julgamentos e avaliações ver de diversos ângulos, tentar me colocar na terceira margem como fala Guimarães Rosa. Realmente para fazer uma pesquisa e mostrar seus resultados é necessário cuidado para não generalizar e tentar manter a imparcialidade. Comecei a observar isto também na escrita dos autores e percebi uma competência deles para conseguir colocar uma ideia muito importante, mas de maneira sutil, sem agredir o próprio leitor.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

SEGUNDA POSTAGEM DE NOVEMBRO - EIXO VIII

O eixo VIII do curso de Pedagogia da UFRGS, foi dedicado à realização do estágio supervisionado o qual realizei com uma turma de pré-escola na Escola Estadual Emílio Tarragô , no município de Capão da Canoa. Meu trabalho docente procurou seguir a proposta sócio-interacionista, abordada por Vigotsky e Jean Piajet. Ambos destacam que o conhecimento é construído pelo sujeito. Na essência de suas obras entendo claramente uma referência à formação de sujeitos políticos, autônomos e emancipados o que requer um fazer pedagógico que vai das atividades espontâneas dos indivíduos às suas reconstruções do objeto do conhecimento a partir da sua relação com o mais experiente, no caso aqui a autoridade do professor.


Esta prática pode ser confirmada ao trabalhar com os Projetos de Aprendizagens (PA) onde pude evidenciar efetivamente o contato das crianças e interação com o objeto de conhecimento, levando para novas descobertas. Esta interação delas com o objeto do conhecimento, realmente é capaz de desenvolver sua autonomia, depois da conclusão de nossa pesquisa, eles se deram conta que poderiam também pesquisar sobre outros assuntos.


Minha função neste processo como professora foi de mediadora e não de detentora do saber, eu abri os espaços, orientei na escolha dos materiais, mostrei os caminhos e fui questionando durante o processo para que os alunos percebessem se estavam no caminho certo ou não, articulando entre os alunos as formas de trabalho, os objetivos, os interesses, cuidando para que o ambiente de trabalho fosse propício e harmonioso e ajudando a providenciar os recursos para a pesquisa. Como os alunos ainda não escrevem, eu organizava e registrava todas as falas e descobertas da turma.


Destaco o trabalho com o PA como a principal atividade que levou a me apropriar de uma metodologia que valoriza o processo e não apenas o resultado final. Ofereceu um suporte de como trabalhar as diferenças por incluir a todos os alunos e exercitar constantemente o respeito a opinião do outro. Este exercício deixou-me com mais autoridade sobre o assunto de projetos, que era um desafio e precisava enfrentar e de acordo com Piaget o novo desacomoda, desequilibra para que depois haja a assimilação, acomodação dos dados e a transformação em novos conhecimentos.


domingo, 31 de outubro de 2010

PRIMEIRA POSTAGEM DE NOVEMBRO - EIXO VII

No VII semestre do curso de Pedagogia da UFRGS, as interdisciplinas me trouxeram pontos importantes para refletir e alguns me mostraram a ideia errada que fazia sobre o assunto. A respeito de educação de jovens e adultos, EJA, enfatiza a prioridade a uma aprendizagem construída pelos alunos num espaço de troca de conhecimento e estímulo, ponto fundamental que defende o educador Paulo Freire. Desconstrui a ideia anterior que achava que a educação de adultos visava apenas estudar, prestar provas e receber um certificado de conclusão do curso.
Esta educação oferecida não tem caráter profissionalizante mas qualificadora por promover um desenvolvimento constante do potencial do ser humano. Didática Planejamento e Ação trouxe o pai da Didática: Comênio como o educador que lutou por grandes mudanças na maneira de organização pedagógica da escola e das lutas que movem os educadores desde tempos mais antigos até os atuais, ou seja, uma escola capaz de atender a todos que dela necessitarem, não importando, idade, sexo, situação econômica, social e cultural.
Comênio no século XVII já idealizava uma escola que levasse em conta as diferenças dos seres humanos e que por isso fosse capaz de fazer com que todos vivessem em harmonia e suas diferenças respeitadas.
A interdisciplina de Libras mostrou que assim como a nossa comunicação possui regras, fonemas, combinações, a da cultura surda também tem suas regras próprias e a importância da busca do conhecimento desta cultura do surdo bem como o planejamento de ações de parte do governo e da escola para que exista um trabalho utilizando materiais e métodos que ofereçam melhores condições para aprimorar seus conhecimentos, buscando um crescimento como cidadão.
Linguagem e Educação abordou uma das dificuldades da escola que é o de conseguir promover uma afinação da linguagem, uma maneira é apresentar aos alunos imagens, palavras, portadores de texto como cartazes, embalagens, letreiros, jornais, livros, placas, presentes no seu cotidiano a fim de inserir naturalmente as crianças no mundo da escrita. Com o contato das crianças com situações do seu universo, gradativamente vai-se inserindo novas situações de aprendizagens, de novos ambientes, onde possa vivenciar experiências significativas de leitura e escrita e ir descobrindo a complexidade deste processo que é o mundo da leitura, escrita e fala.
Neste eixo pude finalmente concluir uma pesquisa passando assim por todos os passos de um Projeto de Aprendizagem (PA). Como professora eu não teria autoridade (tema do meu TCC) para trabalhar com meus alunos se não tivesse vivenciado estes momentos, sempre valorizando a caminhada, o progresso, as mudanças de direção e de opiniões, a construção que o indivíduo realiza durante o percurso e não apenas o resultado final.
As ideias centrais que ficaram foram: a importância do conhecimento da cultura para construir um planejamento que permita ao aluno ler o mundo e depois transformá-lo como fala Paulo Freire. Isso sem dúvida exige do professor estar diante do aluno com autoridade a fim de de o levar a construção de sua autonomia.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

TERCEIRA POSTAGEM DE OUTUBRO - EIXO VI

Lidar com as diferenças, dar o direito do outro ser diferente, a beleza está no diferente, estas foram ideias sempre presentes no eixo VI do Pead. Concordo com Marilene Paré quando afirma que a escola está despreparada para trabalhar questões de diversidades. A discriminação existe, a escola é o ambiente onde mais são vivenciados estes atos. A escola acaba contribuindo para a construção de uma imagem destrutiva de si mesmo ao invés de ajudar na construção de uma identidade de autonomia.
A interdisciplina Questões Étnicas e Raciais fez pensar na construção da identidade, na ideia que fazemos de nós mesmos, que criamos conforme nossas memórias e mitos, que sofre mudanças de acordo com novas experiências que surgem e vivenciamos. A escola tem seu papel importante para contribuir na identidade, formando gerações afirmativas, trabalhando também com a diversidade, pois é ali que se congregam os diversos tipos de etnias, classes sociais e culturas, chamando atenção para o diferente na imagem física e também de comportamentos, mostrando à criança que cada um vem de uma família distinta, com seus valores, cultura, religiosidade e capacidades, mas que no espaço escolar todos precisam respeitar estas diferenças e conviver da melhor forma possível.
Na interdisciplina de Educação Especial ficou claramente definido que o que consideramos uma deficiência no outro é na verdade uma maneira diferente do sujeito estar no mundo, onde cada um apresenta seu tempo e sua maneira de expressar o que conhece e sabe fazer. Ninguém respeita algo que não conhece, por isso é da escola o papel de trabalhar e despertar a percepção e a consciência de seus integrantes para a diversidade que compõem os grupos familiares ou de convivência.
Através de autores como Marilene Paré, Piaget, fui observando uma tomada de consciência importante em relação ao papel do educador - aquele que se propõe educar, levar o outro a crescer, a aprender. Quando existe esta consciência, o professor age com mais autoridade com seu aluno, porque ele está seguro do que está fazendo, então permite que seu aluno seja autônomo, faça escolhas e tome decisões.
De acordo com o que foi visto na interdisciplina de Psicologia, que abordou a teoria de Piaget, a aprendizagem ocorre quando aluno e professor interagem, trocam experiências, informações e questionamentos. O ensino deve acontecer de acordo com a realidade de cada um, considerando e respeitando os seus limites e dificuldades, oportunizando ao aluno o direito de criticar, de dialogar, discordar ou concordar, de ouvir e de falar, de ver com seus próprios olhos. Diante disso a metodologia dos Projetos de Aprendizagens, trabalhada pelo Seminário Integrador, ofereceu um suporte de como trabalhar as diferenças, trazendo uma proposta para trabalhar com PAs por incluir a todos os alunos, partindo daquilo que lhes interessa, que aguça a sua curiosidade, que acolhe e que respeita o tempo de cada um.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

SEGUNDA POSTAGEM DE OUTUBRO - EIXO V

Ser professor não se configura apenas em estar em sala de aula diretamente trabalhando com seu aluno. Este trabalho acontece numa instituição pública e existe uma estrutura política que a sustenta. O professor precisa estar bem informado sobre como funciona.
O eixo V do Pead aprofundou estas informações através das interdisciplinas. Organização e Gestão da Educação e Organização do Ensino Fundamental mostraram as normas e leis que regem o Estado e a Educação para uma Gestão Democrática. Dentro desta gestão está o Projeto Político Pedagógico que deve expressar os desejos da comunidade escolar, o Regimento que direciona como organizar a escola e o Currículo que dá sentido, mostra o caminho, organiza a escola para que aconteça a aprendizagem.
O conhecimento da Constituição, principalmente no que se refere à educação, mostrou como as esferas de governo se organizam na gestão do país procurando dar autonomia a cada uma, mas ao mesmo tempo não perdendo a unidade entre elas. Da mesma forma como deve acontecer na escola, todos participam, dão idéias e sugestões, mas sempre voltados e sem contrariar o que rege nossa lei maior, no caso a lei n° 9.394 de Diretrizes e Base.
Estas interdisciplinas mostraram a urgência de informações para que assim as mudanças comecem a ocorrer de baixo para cima e não o contrário como vem acontecendo.
A função do educador é fazer história, transformando o educando em uma personalidade viva, capaz de mudar a si mesmo e a natureza, acrescentando algo de bom, podendo optar entre o que é bom ou ruim. Aí está a autonomia que leva a construção da autoridade.


domingo, 3 de outubro de 2010

PRIMEIRA POSTAGEM DE OUTUBRO - EIXO IV

O espaço e o tempo foram o tema principal discutido no quarto eixo do pead.
Demos início ao Projeto Aprendizagem. Vimos como nossas crianças vêem o mundo e o representam através dos Estudos Sociais, Ciências e da Matemática. Esta representação depende de cada um e do meio em que vive, das suas experiências, de sua cultura. Nas crianças pequenas a ordem seqüencial e cronológica dos fatos está ainda muito confusa e desordenada.
O trabalho abordado por estas interdisciplinas mostrou maneiras diferentes de trabalhar estas noções, despertando para a inserção da criança de forma consciente no seu grupo social e gradativamente à grupos maiores. A autora Maria Aparecida Bergamaschi (interdisciplina de Estudos Sociais), ressalta que: “Para constituírem-se cidadãos é necessário o domínio de categorias e conceitos que permitam compreender e intervir no mundo”. Aqui relaciono ao tema do meu TCC: Autoridade. Esta é a missão do educador, fazer com que a criança quebre a resistência a mudanças e vá assimilando outras maneiras de pensar, agir e construir aos poucos sua própria autonomia e autoridade. Percebendo os cuidados com o espaço onde vive e as conseqüências do desequilíbrio causado pelo homem.
A criança é um ser social que está inserida num espaço, num determinado tempo, precisa ter a percepção de si mesma, dos objetos que a cerca, para poder agir de maneira a cuidar e preservar o meio ambiente.
Nestas descobertas irão despertando aos poucos a conscientização de fatos que acontecem além de seu mundo e aumenta a capacidade de compreender o tempo passado e futuro.
A proposta do Projeto de Aprendizagem que apliquei durante meu estágio no eixo oito, com os alunos de pré, onde puderam fazer perguntas, decidir o que gostariam de pesquisar, buscar as informações, criar suas hipóteses e chegar a suas próprias conclusões, é uma maneira de contribuir para a construção desta autonomia e autoridade e acredito estar dentro desta linha pedagógica pois foi preciso partir da realidade e dos interesses da criança, de forma integrada, mas com o olhar voltado para as coisas que estão acontecendo no mundo ao seu redor, não dando-lhes respostas prontas, mas ensinando-lhes a descobrir conceitos que permitam a compreender e intervir no mundo.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

SETEMBRO - SEMANA IV

As leituras e discussões dos três primeiros eixos do curso do Pead, me levaram a adotar uma nova postura como educadora que prepara para a alfabetização e promove momentos em que os alunos sejam agentes de transformações do mundo e construtores de seu próprio conhecimento como destaca Paulo Freire.
O uso de referenciais teórico para embasar minhas produções e reflexões foi um excelente exercício de integração da prática com a teoria. Um desafio que me possibilitou maior crescimento no campo profissional e pessoal e que muito tem facilitado na escrita do meu trabalho de conclusão.
As reflexões me permitiram ver o que está dando certo e o que precisa ser modificado, descobrir elementos para redirecionar o planejamento e minhas ações. Uma das descobertas que fiz foi que preciso respeitar mais o tempo de cada criança e não me apressar em dar respostas, elas precisam descobrir por si. Outra descoberta me reporta a uma frase que li na visita a Bienal, na interdisciplina de Artes Visuais, dizia: O visível de tão visível, torna-se invisível. Quando revisitei os dois primeiros eixos, concluí que não encontrei algo que contribuísse para o meu TCC.
No entanto agora vejo a importância desta caminhada para a construção de minha autoridade como professora diante dos alunos, a segurança daquilo que estou fazendo levando ao respeito a liberdade e o despertar da autonomia de cada um.

domingo, 19 de setembro de 2010

SETEMBRO - SEMANA III


O terceiro eixo do Pead, foi talvez o mais marcante durante o curso, pela sua dinâmica e por ser muito prático. Não teríamos como ter uma aula de Música sem cantar e dançar, de Literatura sem ouvir e contar histórias, Artes Visuais sem apreciar uma obra e não sentir vontade de se atrever a ser um pouco artista também, Ludicidade sem brincar, criar brinquedos e brincadeiras, Teatro sem exercitar o lado de dramatização que todos temos, mas que fica escondido.

Todas estas atividades e descobertas foram enriquecidas com reflexões postadas no blog Portfólio de Aprendizagens, sob a orientação do Seminário Integrador sem contar com aplicação prática em minha sala de aula de tudo que vivenciava presencialmente ou on line nas aulas.

Neste semestre comecei realmente “Olhar da terceira margem”, frase tema da 6ª Bienal, do conto de Guimarães Rosa, vi que sala de aula é lugar de brincar, que a música está na alma, que é preciso ter consciência de nosso corpo, que a arte está em toda parte e que refletir é preciso.

Nesta revisita ao eixo, pude fazer um relacionamento com meu assunto do TCC, percebi a importância destas atividades propostas pelas interdisciplinas para contribuir no desenvolvimento da autonomia das crianças, aprendendo a brincar respeitando regras e criando outras, olhando de maneira crítica obras de arte, se expressando tanto na música como na dramatização consciente dos movimentos do corpo.

Para poder ajudar meus alunos nesta construção, eu como professora devo ter autoridade sobre os assuntos, isto é, transmitir credibilidade e segurança do que estou passando, sem ser preciso persuadir ou ameaçar para que realizem o que estou pedindo.

domingo, 12 de setembro de 2010

SETEMBRO - SEMANA II


No eixo II do Pead fui convidada a fazer um passeio pelos caminhos do conhecimento humano. Basicamente foram dois autores que ajudaram a entender melhor este processo de como a aprendizagem se constrói, Frued e Piaget, na interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia.

Freud através da psicanálise se preocupou com a parte do inconsciente e sua influência no consciente. Ajudou a refletir sobre as atitudes mais corretas para não provocar ou aprofundar certos traumas que eventualmente os alunos possam ter e que certamente todos temos nossos traumas e frustrações.

Piaget através da Epistemologia Genética, o estudo de como se dá o conhecimento e aprendizagem, ocupou-se do aprender, do aspecto mais consciente de nossa vida. Ele estudou os estágios do desenvolvimento intelectual da criança e do adolescente para poder entender melhor como se dá o conhecimento e a aprendizagem em cada indivíduo. Destaca a importância fundamental que o aluno tenha um espaço para construir seu próprio saber, através de suas ações, interagindo com os outros, dialogando e expondo suas opiniões.

Na interdisciplina Escolarização Espaço e Tempo na perspectiva histórica, retornei à minha infância e busquei lembranças que estavam guardadas na memória. Resgatei a importância de deixar minha história registrada. Neste resgate também veio a história da escola, do seu surgimento e mudanças através dos tempos, que não foi sempre como a concebemos, passou por vários processos e atendeu diversos interesses.

Refleti também sobre os grupos sociais onde cada um tem sua história, sua cultura e regras e que para vivermos em harmonia é necessário nos adaptarmos e aos poucos ir acrescentando as marcas de nossa própria história.

A interdisciplina Fundamentos da Alfabetização, trouxe a discussão entre alfabetização e letramento. Na alfabetização temos a decodificação dos símbolos ou letras e letramento é o saber usar esta leitura e escrita de maneira reflexiva, dando sentido, interpretando o que está escrito. O aluno pode aprender a decodificar, estar alfabetizado e não estar letrado.

Neste eixo II também não encontrei referências ao assunto que pretendo investigar no meu TCC, Autoridade.

domingo, 5 de setembro de 2010

SETEMBRO - SEMANA I


AS DESCOBERTAS DURANTE O EIXO I

A realização das interdisciplinas do eixo do Pead fez com que eu vasculhasse minha vida, minhas experiências e aprendizagens e expressasse de forma reflexiva o que construí durante minha trajetória nos demais campos do conhecimento, como professora, aluna e pessoal. Estas reflexões foram se dando a luz de textos de autores como Miguel Arroio, Saramago, Durkhein, Weber, Karl Max e Engel, interdisciplina Escola Sociedade e Cultura, e saí em busca da “Ilha do desconhecido” (texto de Saramago), foi preciso sair de mim mesma para poder ir em busca do desconhecido. Nesta busca as certezas foram virando incertezas.
Para a procura do desconhecido era necessário me abastecer para ajudar na viagem. As ferramentas principais para esta jornada foram as tecnologias, elas serviram como um barco na imensidão do mar do conhecimento e informações, no início não sabia manejá-la, mas fui aprendendo durante a viagem e sempre que me sentia um pouco mais segura, achando que estava dominando melhor a situação, que já sabia me virar, apareciam novas maneiras e possibilidades de usá-la.
Neste início a organização do tempo foi primordial para que houvesse o máximo de aproveitamento de cada situação vivida. E sempre escrevendo muito, refletindo sobre cada nova descoberta, procurando relacionar com minha prática pedagógica.
Revendo a interdisciplina do Projeto Político Pedagógico, identifiquei o leme da escola, ele é o que dá o rumo a ela e deve ser pensado e construído pelos que dela fazem parte, só assim haverá um real interesse em colocá-lo em prática.
Nesta revisita ao eixo I não encontrei algo que desse um rumo ao meu trabalho de conclusão que pretendo falar sobre limites e autoridade na educação infantil.

domingo, 29 de agosto de 2010

OS LIMITES DA CRIANÇA NA FAMÍLIA E NA ESCOLA

Como mãe e professora, sempre fui a favor dos limites na formação das crianças. Com o decorrer do tempo e principalmente a partir das reflexões a luz dos grandes teóricos que tive oportunidade de conhecer melhor durante o curso do Pead, questionamentos e dúvidas me fizeram pensar como deve acontecer realmente estes limites.
Trabalho com crianças na faixa etária de cinco anos na pré escola e percebo que eles precisam ampliar seus limites ao entrar em contato com a vida escolar além daqueles já estabelecidos em âmbito familiar.
Percebo também que as famílias por diversas situações que fazem parte do mundo moderno, não estão conseguindo desempenhar a sua função de educar seus filhos e colocá-los em contato com as primeiras situações que exigem limites, é a família quem deveria mostrar em primeira mão que as coisas não acontecem na hora que queremos e como queremos.
Os pais parecem perdidos, não estão encontrando o meio termo para agirem com seus filhos, ou tornam-se autoritários, negligentes ou permissivos demais.
Quando seus filhos chegam à escola, estabelece-se um conflito, eles não tem tudo o que querem na hora desejada, antes não tinham compromissos e responsabilidades e a escola lhes impõem que se usou um brinquedo é preciso colocá-lo novamente no lugar.
Antes de cumprir seu papel de desenvolver a aprendizagem a escola precisa retomar a educação de princípios básicos que supõem-se deveriam ter sido desenvolvidos em casa e adquirido nos primeiros anos de vida que passaram com a família. A psicologia afirma através de seus estudos que a criança forma sua personalidade nos primeiros três ou quatro anos de vida, quando chega na escola aos cinco anos, enfrentamos dificuldades para conseguirmos progressos e fazê-la entender que muitas coisas podemos fazer e muitas outra não. Desde que o ser humano passou a conviver em sociedade, ele precisa conviver com as regras e respeitar o espaço do outro, esta é uma verdade que deve estar clara para todos os sujeitos.
Os pais devem ser os primeiros a mostrar a seus filhos com muito amor e carinho, esta necessidade primordial de convivência. A escola dará continuidade, mostrando um número maior de relacionamentos.
Na falta da construção dos limites, a criança acha que tudo vai cair pronto em suas mãos, quando isso não acontece se irrita e torna-se agressiva. Passa a não gostar e não querer mais ir a escola porque lá as coisa não acontecem como gostaria.
Sendo assim, para tornar o TCC em realidade, pretendo partir dos seguintes questionamentos:
- O que entendemos por limites?
- Qual a real importância de colocarmos limites na educação desde a mais tenra idade das crianças?
- Quais as vantagens e desvantagens na formação delas?
- Qual a maneira correta para os pais colocarem limites sem usarem a violência?
- Quais os perigos para a formação das crianças se forem castigadas severamente ou se não tiverem limites para seus atos?

Pretendo basear a pesquisa tendo como referenciais teóricos os autores: Tânia Zagury, Anna Freud, Tânia Beatriz Iwaszko Marques, Tânia Ramos Fortuna.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

TCC QUASE UMA REALIDADE

Finalmente o TCC está próximo de se tornar realidade. É chegado também o momento de fazer um passeio reflexivo sobre o que foi visto nas interdisciplinas durante os oito eixos do Pead. Com um olhar procurando algo que ajude na construção do TCC.

Muitos autores importantes vou rever, minhas próprias reflexões e demonstrações de aprendizagens construídas que me permitirão observar a evolução do meu próprio crescimento.

Sem dúvida nenhuma o meu maior crescimento, e digo com certeza, antes de iniciar a visita aos eixos anteriores, é com relação ao uso das tecnologias.
Meu contato com este mundo virtual foi fascinante e continua sempre muito marcante, foram descobertas significativas que me fizeram crescer permitindo estudar, descobrir como funciona, quais as possibilidades, tanto para minha vida como estudante, como profissional e pessoal.

Não para por aí, as descobertas continuam, o mundo se descortina diante de meus olhos. As pessoas mesmo longe se aproximam.

Claro que o contato presencial com as pessoas nunca perderá seu valor, esse encontro não será substituído, mas não posso deixar de valorizar esta ferramenta que permite ter nossa querida professora Nádie nos orientando e falando conosco lá do Texas onde está morando agora. Tão longe geograficamente, mas dentro de minha casa virtualmente.

terça-feira, 15 de junho de 2010

PROJETO DE APRENDIZAGEM NUVEM E CHUVA

Este projeto foi um momento de colocar os alunos em contato com situações de pesquisa próximo de algo que faz parte se sua curiosidade e não algo já pronto apresentado pela professora.
Partindo do princípio que o aluno não é uma tabula rasa, isto é, ele sabe e tem pensamento a respeito dos acontecimentos, portanto são capazes de formularem questões, levantar dúvidas e certezas.
Com os alunos de pré-escola não foi diferente, até mais produtivo porque eles ainda possuem a característica de serem curiosos, de querem saber os “porquês” de tudo. A função do professor é importantíssima nesse processo pois ele age como o mediador, articulando entre os alunos as formas de trabalho, os objetivos, os interesses, cuidando para que o ambiente de trabalho seja propício e harmonioso e ajuda a providenciar os recursos para a pesquisa.
Com os alunos que ainda não escrevem, o professor torna-se o escrivão, registrando todas as falas e descobertas da turma.
Direcionei o trabalho do projeto de maneira que a cada dia conversássemos um pouco sobre ele. No primeiro dia abri um momento para fazerem todas as perguntas que sempre tiveram vontade de fazer, sobre coisas que tivessem a curiosidade de saber como era ou com funcionava.
No segundo dia, analisamos as perguntas e por votação escolhemos apenas uma: Porque a nuvem chora e cai a chuva?
No terceiro dia levantamos as dúvidas e certezas. Nesse momento ficou claro que a pergunta deveria ser modificada porque existia uma certeza que explicava uma parte dela a de que a chuva não é gente, não tem olho nem boca então não pode chorar. Mas continuava a curiosidade em saber: Como a chuva se forma na nuvem?
Partimos para a pesquisa propriamente dita. Como descobrir a formação da chuva? As sugestões das crianças foram imediatas mas impossíveis. Precisei agir com muita habilidade para não desfazer das ideias e fazê-los pensar em algo viável, desde que não fosse um avião, helicóptero ou uma águia como sugeriram. Tentei fazer com que pensassem na possibilidade de saber através de livros, televisão, internet ou jornais, de maneira que surgisse deles e não de mim, embora talvez tenha sido o momento que precisei interferir mais incisivamente.
Resolvida esta questão, comecei a organizar e trazer para sala de aula livros didáticos que falavam sobre o ciclo da água, procurei sites na internet para mostrar a eles na nossa hora de informática.
Precisava algo mais do que ouvir ou ver através de desenhos. Comecei a questioná-los sobre o que havíamos descoberto que o sol aquece a água, ela fica leve, vira vapor, sobe, em contato com o frio transforma-se novamente em gotas de água e formam a nuvem, quando está muito pesada a água cai em forma de chuva, como poderíamos fazer uma experiência para provar que é isto mesmo. Um aluno disse que poderíamos esquentar a água. Então levei-os até a cozinha da escola e fizemos a experiência observado uma chaleira com água sob o fogo e uma tampa de panela recebendo o vapor que saía pelo bico até irem formando-se gotículas.
Construí com eles também um terrário e uma maquete para demonstrar claramente o processo da chuva.
Finalizando o projeto conversei com eles sobre o que gostariam de fazer com o que haviam aprendido, se gostariam de mostrar a mais alguém. Gostariam de apresentar para os colegas das outras turmas. Direcionei para como deveria ser esta apresentação, quais os cuidados deveriam ser tomados, qual a atitude de cada um diante dos colegas, o que seria dito e mostrado. Qual o local usaríamos. Decidimos fazer em nossa sala, expondo o material que havíamos coletado, ensaiaram o que iriam falar. A finalização do projeto foi especial. Os alunos estavam eufóricos em poder mostrar o que haviam aprendido para os outros colegas. Algumas crianças mais tímidas não quiseram falar, mas outras explicaram o caminho da chuva com muita clareza e desenvoltura.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

RESPOSTA AOS QUESTIONAMENTOS III

Promover a interdisciplinaridadena escola é tarefa complicada, principalmente no planejamento escrito, na prática é mais fácil fazer a transição de um assunto para outro através de conversas e quetionamentos sem parecer tão fragmentado. No momento estou trabalhando com acopa do mundo, a comunicação oral está sempre presente, a escrita aproveito para apresentar palavras como por exemplo BRASIL, com qual letra começa, quantas letras tem, quais outras palavras começam com B. A motricidade fina e ampla também é explorada, preparando bandeiras, bonecos, correntes, mascote, colorindo, recortando, montando, amassando. Músicas africanas são ótimas para trabalhar a musicalidade, o pulso e o rítmo. A matemática é usada ao contar letras, animais, jogadores. Questões étinicas também é um ótimo momento para ser abordada, trazendo a história "Menina bonita do laço de fita", levando-os a perceber que não importa sermos diferentes e sim especiais e que por isso o respeito deve vir em primeiro lugar.

RESPOSTAS AOS QUESTIONAMENTOS II

A semana que antecedeu o dia das mães foi toda voltada para elas e culminou com uma homenagem. Cada turma organizou a sua lembrança para ser oferecida a elas e também uma rosa no final da homengem. Esta iniciou com uma reflexão por um padre católico e um pastor evangélico que com muita sabedoria através de músicas e exemplos de mulheres bíblicas, souberem ressaltar o verdadeiro papel das mães, levando a refletir na importância da sua presença junto aos filhos, de saber impor limites e nunca poupar na dose do amor. Ao mesmo tempo, lembravam os filhos da dedicação de suas mães para lhes dar a vida e poder criar com esforços incasáveis e a retribuição dos filhos a tudo isto com muito amor, carinho e respeito.

RESPOSTA AOS QUESTIONAMENTOS I

Durante meu estágio procurei seguir os passos da proposta sócio-interacionista que concebe a aprendizagem como um fenômeno que se realiza na interação com o outro. Segundo Vigotsky, “a aprendizagem deflagra vários processos internos de desenvolvimento mental, que tomam corpo somente quando o sujeito interage com objetos e sujeitos em cooperação. Uma vez internalizados, esses processos tornam-se parte das aquisições do desenvolvimento”. É esta internalização que percebo estar acontecendo com meus alunos, eles interagiram com o objeto do conhecimento, no caso, o mundo da leitura e escrita e estão se apropriando desta aprendizagem.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

INICIANDO O PROJETO DE APRENDIZAGEM

Iniciei os trabalhos do PA com meus alunos, procurei seguir os passos como fizemos no curso. As perguntas não surgiram de um assunto que estamos trabalhando, procurei não interferir nas questões, apenas estimulei as crianças a pensarem perguntas e mais perguntas, aquele era o momento para poderem perguntar tudo que tinham vontade.
Dediquei em torno de trinta a quarenta minutos por dia para falar sobre o projeto, no primeiro dia listei todas as perguntas, no segundo dia escolhemos uma por votação, no terceiro dia falaram o que sabiam e o que gostariam de saber, as certezas e dúvidas. Neste momento mudamos nossa pergunta que inicialmente era “Por que a nuvem chora e cai a chuva?” para “ Como a chuva se forma na nuvem” pois constataram por conhecimentos próprios que a nuvem não pode chorar, se não é gente, não tem boca nem olho.
Mostrei a eles também o wiki criado para a turma. No quarto dia conversamos quais as maneiras que poderíamos encontrar informações mais precisas sobre o assunto. Esse momento precisei fazer um interferência mais consistente porque as soluções achadas ultrapassavam o mundo do irreal, fui interrogando até que percebessem que era impossível observarmos as nuvens usando um avião, ou helicóptero ou uma águia, por não possuirmos um e nem termos acesso.
Aos poucos foram surgindo idéias como pesquisar na internet e em livros.
“Como professores, temos o desafio de criar situações limites para explicações de nossos alunos, quando as consideramos insuficientes, de forma a construir um clima favorável à busca de novas informações." (Giordan, 1996).

quarta-feira, 26 de maio de 2010

CUIDADOS COM A HIGIENE

O trabalho com a higiene é cotidiano com as crianças pequenas. Incentivar as crianças a lavarem as mãos antes de lanchar, depois de brincar na pracinha, depois de usar o banheiro é um prática diária.
Trabalhar dando mais ênfase aos cuidados com sua higiene e consequentemente aos benefícios que trará à sua saúde, tem o objetivo de poder despertar o interesse das crianças e assimilar estes cuidados como um hábito.
É nesta fase da sua vida, quando começa a tomada de consciência de seu próprio corpo que precisa associar os cuidados que deve ter com ele também.

terça-feira, 18 de maio de 2010

AVALIANDO A CAMINHADA

São tantas as preocupações e corre-corre para dar conta de todas as obrigações que não sobra muito tempo para ver se o trabalho está dando resultado ou não. Em meio ao vazio que isto vai gerando é necessário parar um pouco e analisar se os objetivos estão sendo alcançados.
Com meus alunos de pré-escola vou acompanhando dia a dia o crescimento de cada um e consequentemente os frutos do meu trabalho. Às vezes acho que as atividades propostas parecem ser tão simples, como reconhecer as partes do seu corpo, saber a história de seu nome, identificar o lado esquerdo e o direito, saber a importância dos hábitos de higiene e muito mais. Mas quando percebo o crescimento de cada um ao se expressar oralmente, as facilidades que vão desenvolvendo de expressão, me faz acreditar que devo continuar e que o que para nós adultos é tão fácil e simples, para os pequenos faz parte da construção de sua aprendizagem. São etapas necessárias para apropriarem-se das informações e despertar o querer saber mais.

terça-feira, 11 de maio de 2010

O TEMPO É IMPLACÁVEL

O tempo mais uma vez teima em me assombrar. Quanto mais tempo de vida temos, mais podemos refletir e comparar. Refletindo sobre minha situação de estagiária, reportei-me a esta mesma situação há vinte e sete anos, quando estagiava pela primeira vez.
Desde então quantas lutas, e me veio a memória em especial a luta que sempre travei contra o cigarro desde o início. Eram campanhas e esclarecimentos, enfim. Passou um tempo e observava que estava diminuindo o número de jovens com cigarro na mão, em compensação passei a ouvir sobre os usuários de maconha. Nova luta e pensava que era melhor que usassem o cigarro e não a maconha. Em pouco tempo novas drogas e sempre mais devastadoras. Quando ouvi falar na cocaína e seus malefícios, pensava que seria melhor então que usassem a maconha. Agora penso quem sabe não seria menos mal usar a cocaína ao invés do crack.
Penso também que na realidade alimentamos um monstro, pensando em destruí-lo damos cada vez mais condições para que se fortaleça. Enquanto adormece está se alimentando para voltar com as forças redobradas.
Enquanto pensava sobre isto preparava minhas crianças para o dia das mães.
A homenagem realizada às mães pela minha escola, foi um momento de reabastecimento do otimismo, este que teima em me abandonar e deixa no lugar o negativismo. Mas sentir a emoção das mães ao receberem homenagens simples feitas pelos seus filhos, acendeu uma luz de que nem tudo está perdido, enquanto houver o amor de mãe e filhos, haverá soluções para os problemas do mundo. Senti também a importância da escola em promover momentos como estes de reflexão para o papel de mães que as mulheres desempenham, com muitas falhas claro, mais por falta de esclarecimentos do que por falta de amor.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O TEMPO E SEUS VÍCIOS

Estou sentindo que o tempo não está a meu favor. O fato de já estar há muitos anos em sala de aula é claro que me trás vantagens, mas também inúmeras desvantagens e uma delas são os vícios que adquiri durante a caminhada e que teimam em se sobressair. Preciso me policiar constantemente e deixar meus alunos pensarem por si, descobrirem suas respostas sozinhos, mas minha pressa em ver tudo para ontem, acaba atropelando os pequenos.
Fiz um esforço enorme para não dar as respostas durante a atividade de seriação em que usei uma jarra com líquido sendo derramado aos poucos num copo e os alunos deveriam pintar no desenho as etapas. Depois deveriam organizar na sequência. Alguns alunos conseguiram organizar quase que imediatamente, outros precisaram de questionamentos para poderem fazer a correlação.
Para um professor mais jovem talvez seja mais tranquilo aceitar este tempo do aluno. Não está tão impregnado em sua prática e condicionado a ver resultados imediatos, é mais fácil entender que o que é importante é o processo mental pelo qual a criança está passando e não até onde chegará.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

MECANISMOS DE APRENDIZAGENS

Estudando sobre Piaget, ele nos fala que devemos entender o processo mental que o aluno faz quando vivencia e se apropria de uma aprendizagem. Gostaria realmente de ter esta competência e poder saber como ocorre isso por exemplo com um aluno meu que sem saber ler, consegue ler os nomes nos crachás dos colegas e em pouco tempo de trabalho com os nomes.
Certamente ele possui uma ótima memória visual, mas interiormente ele está desenvolvendo um mecanismo de aprendizagem que lhe permite fazer associações pois tem quatro colegas que começam com a letra M, então precisa ir além de decorar a primeira letra.
Mesmo não tendo uma noção exata do que está ocorrendo em suas cabecinhas, posso sentir a emoção no olhar de cada um, a satisfação de poder ler várias palavras, a alegria está estampada em cada rosto. É uma experiência única.
Estas cenas reafirmam como é importante jogar tudo que puder de informações para as crianças e que elas estão ávidas para receber.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

AS CRIANÇAS E O COMPUTADOR

Sempre que pensei no estágio, pensei com minha turma de educação infantil e sempre foi uma preocupação como registrar as produções destes alunos usando ferramentas tecnológicas.
Meu objetivo é colocá-los em contato com esta ferramenta e estou fazendo isto pois minha escola possui um laboratório de informática. Mas tenho consciência de que isto não acontecerá da noite para o dia. Os alunos não possuem contato prévio com computadores então precisam familiarizar-se com o mouse e o monitor. Num programa educativo instalado, eles já estão pintando desenhos e com a ajuda de seus crachás escreveram seus nomes.
Parece tão pouco falar que já estão fazendo isto, mas para eles é uma vitória, uma descoberta importantíssima, o momento mais esperado por eles é o dia de ir para o laboratório.
O computador é tão poderoso, pena que não tenha o poder de registrar a satisfação de cada olhar das crianças ao saberem que estão dominando mais uma etapa.
Sei que para os professores que me acompanham é importante verem algo mais concreto, mas com as crianças pequenas nada é tão importante quanto vê-los trabalhando.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

ESTÁGIO TEORIA X PRÁTICA

Durante o percurso dos sete semestres, tivemos uma preocupação constante com as apresentações dos workshops, além de serem um momento intenso da concretização das aprendizagens expressas nas sínteses finais de cada eixo, era um momento de exercitar a oralidade para a apresentação final do curso, com certeza chegarei lá muito mais confiante.
Agora vejo que o exercício de estágio também deveria ter mantido uma regularidade durante o curso, com mais previsões de realização, talvez um por ano, num tempo mais reduzido. Pois o estágio também propícia um momento intenso de crescimento e experiência, de concretização das aprendizagens. Colocarei na prática o que vi na teoria.
Talvez deixe um gosto de “poderia ter feito melhor ou diferente”, por ser único. Preparar para o estágio, acredito que seja a tônica de tudo, pois é onde efetivamente usarei o que vi no curso, onde haverá uma relação direta com o que aprendi e o que realmente consigo colocar em prática e ver seus resultados positivos ou negativos, o que é viável ou inviável.

domingo, 4 de abril de 2010

ESCOLA X FAMÍLIA

Reunião com os pais de meus alunos

O trabalho realizado na escola só terá efetivamente sucesso, se houver uma parceria com a família, por isso é uma prática minha realizar uma reunião com os pais de meus alunos de pré-escola, no início do ano letivo para conversarmos e combinarmos algumas tomadas de atitude.
Acho importante conversar com eles porque percebo que são pais amorosos e preocupados com seus filhos, mas falta a preocupação com o desenvolvimento de bons hábitos, de valores e de impor limites. Ás vezes eles acham que educar é bater no filho quando fazem algo errado, tanto que quando avisei da reunião, senti que algumas mães estranharam e imaginaram que seus filhos estariam dando problemas na escola, tranquilizei-as dizendo que não seria para falar mal de seus filhos que nos reuniríamos.
Na reunião esclareci que o objetivo da pré-escola não é a alfabetização propriamente, mas sim colocar as crianças em contato com todas as situações de leitura e escrita e despertá-las para esse mundo.
É um trabalho sério e importante para o crescimento das crianças mesmo que pareça apenas brincadeiras, mas que através delas surgem inúmeras possibilidades de desenvolvimento, que deve ser valorizado em casa, perguntando o que fizeram na escola, ter paciência e reservar um tempo para todos os dias ouvirem seus relatos, suas histórias e músicas. Com esta dedicação aos filhos nesta fase, estarão garantindo o sucesso deles em toda sua vida escolar.
Enfatizei a importância de falarem claramente e usarem frases completas ao dar informações como por exemplo: coloque o tênis no pé direito, levante o pé esquerdo.
Acreditar na capacidade e facilidade que eles tem de aprender e que este é o momento de criar compromissos e hábitos. Aqui a parceria é fundamental, que eles tenham compromissos na escola e em casa também.
Os pais e mães concordaram também em controlar o lanche dos alunos na escola, procurando mandar alimentos saudáveis e liberar a sexta-feira como “dia da porcaria”, quando poderão permitir bolachinha recheada, salgadinhos e refrigerantes.
Com apenas um mês de aula, relataram que já observam mudanças no comportamento das crianças, interessando-se por livros, organizando seus pertences em casa, expressando-se melhor e contando com entusiasmo o que vivenciam na escola.

domingo, 28 de março de 2010

EDUCAR NÃO CUSTA NADA

Debruçando-me para escrever o perfil de minha turma de estágio, chamou-me a atenção um fato interessante, a pouca importância que as famílias dão para a formação básica de seus filhos e que no meu entendimento não seria necessário a escola preocupar-se com aspectos simples como a maneira correta de segurar um talher, não comer alimentos que caíram no chão, não jogar papel ou lixo no pátio, lavar as mãos quando usa o banheiro ou antes de comer.
Mesmo meus pais não tendo muito estudo, lembro que aprendi estas noções com eles e não na escola. Estas crianças chegam à escola já com cinco anos ou mais, um período precioso de facilidade para aprendizagem não foi aproveitado. Infelizmente sinto que os pais têm como principal e única preocupação o cuidado em lhes dar condições de sobreviver, cuidando da alimentação, do vestuário e da saúde, a educação, a formação moral não faz parte deste universo.
Descobri também que isto acontece por falta de uma reflexão sobre o seu papel de pais e de um contato com uma literatura que os leve a descobrir a importância de ajudar seus filhos a desenvolverem-se. Percebi falando para algumas mães que poderiam por exemplo ao referirem-se ao pé ou mão da criança, caracterizar como pé direito ou esquerdo, elas após um tempo comentaram que nunca tinham pensado nisso e que não custava nada.

Na reunião que farei com os pais, pretendo enfatizar estas questões.

quarta-feira, 24 de março de 2010

EIXO VIII - ESTÁGIO

As expectativas para o estágio do curso de pedagogia são muitas. Tudo que foi visto ao longo dos sete semestres, através das interdisciplinas, será consolidado agora no estágio.
Penso que deverei encontrar um meio termo entre as aprendizagens referentes à parte didática e pedagógica com as aprendizagens tecnológicas. Desta forma procurarei montar um planejamento para a turma de pré-escola com quem realizarei o estágio, onde serão trabalhados vários conceitos como a socialização dos alunos, o entendimento do seu próprio eu, uma tomada de consciência de sua história, de seu corpo, do entorno de âmbito familiar e escolar, usando as ferramentas tecnológicas para o registro de algumas atividades e usando sites com jogos e brincadeiras.
Tenho plena consciência que meu principal objetivo deverá ser o de proporcionar aos meus alunos o bem-estar físico, afetivo-social e intelectual, por meio de atividades lúdicas, histórias e músicas infantis, artes, brincadeiras, fantasias, procurando sempre aproveitar todas as oportunidades a fim de estimular a curiosidade e a espontaneidade para o mundo da escrita e dos números.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Apresentação síntese final _ eixo VII

Infelizmente os eixos que apresentarão interdisciplinas com novos conceitos, estão no final. Assim como os anteriores, o eixo VII colocou-me novamente frente a frente com situações, informações e conhecimentos novos.
Não coloquei na síntese, mas acho importante colocar a situação inicial que me encontrava em relação a modalidades de ensino a EJA: achava que visava apenas a conferir um certificado de conclusão do ensino fundamental e médios à adultos que não tiveram oportunidades e que conseguissem vagas melhores no mercado de trabalho. Qualificação mesmo não existia.
Cultura surda: acreditava que seria mais fácil ensinar as pessoas surdas a leitura labial, não imaginava que a língua de sinais fosse tão bem estruturada.
Didática: planejava aulas, traçava objetivos, mas nunca havia pensado: para que servirá ao meu aluno? Em que ele usará isto em sua vida?
Linguagem: já usava em sala da aula “o que sabem ler” usava rótulos , embalagens, trabalhava com a leitura de parlendas, etc... Não analisava o letramento e como acontecia este processo nas mentes de meus alunos.
Onde desejo chegar: as interdisciplinas mostraram um caminho interligando e valorizando estes pontos que destaco: conhecimento da cultura
Planejamento
Letramento
Como avançar para realização destes conceitos? Buscando na analise do blog da colega e do meu próprio.

BLOG ANALISADO DA COLEGA
Busca em Comênio o exemplo de luta por uma escola capaz de atender a todos.
Com a EJA destaca o crescimento integral do indivíduo
Aprendizagem construída na troca de conhecimentos (Paulo Freire)
Aluno deve construir suas hipóteses ( Piajet)


BLOG INDIVIDUAL
O aluno primeiro lê o mundo para depois transformá-lo (Freire)
Partir de situações problemas do cotidiano do aluno (temas geradores)
Aprender resolvendo problemas de seu cotidiano
Registros das práticas pedagógicas

Tanto a capacidade de criar conhecimento dos jovens e adultos são ignorados pela escola, como a identidade cultural dos surdos que reflete-se no não reconhecimento da sua língua.

Em linguagem vemos que diferentes formas de letramento representam a cultura do sujeito realçando que o conhecimento do código lingüístico pressupõem a experiência social.

Interligação- apresentaram conceitos que se complementaram, o que era questionado numa interdisciplina pode ser aperfeiçoado com discussões motivadas em uma outra.

EJA - exclusão dos alunos, libras – alunos mal compreendidos no sistema sducacional

Os jovens e adultos não são qualquer um, fazem parte de um grupo que por algum motivo foram excluídos da escola regular, sempre pensei o que seria bom para meu aluno mas não em sua realidade.