terça-feira, 19 de outubro de 2010

TERCEIRA POSTAGEM DE OUTUBRO - EIXO VI

Lidar com as diferenças, dar o direito do outro ser diferente, a beleza está no diferente, estas foram ideias sempre presentes no eixo VI do Pead. Concordo com Marilene Paré quando afirma que a escola está despreparada para trabalhar questões de diversidades. A discriminação existe, a escola é o ambiente onde mais são vivenciados estes atos. A escola acaba contribuindo para a construção de uma imagem destrutiva de si mesmo ao invés de ajudar na construção de uma identidade de autonomia.
A interdisciplina Questões Étnicas e Raciais fez pensar na construção da identidade, na ideia que fazemos de nós mesmos, que criamos conforme nossas memórias e mitos, que sofre mudanças de acordo com novas experiências que surgem e vivenciamos. A escola tem seu papel importante para contribuir na identidade, formando gerações afirmativas, trabalhando também com a diversidade, pois é ali que se congregam os diversos tipos de etnias, classes sociais e culturas, chamando atenção para o diferente na imagem física e também de comportamentos, mostrando à criança que cada um vem de uma família distinta, com seus valores, cultura, religiosidade e capacidades, mas que no espaço escolar todos precisam respeitar estas diferenças e conviver da melhor forma possível.
Na interdisciplina de Educação Especial ficou claramente definido que o que consideramos uma deficiência no outro é na verdade uma maneira diferente do sujeito estar no mundo, onde cada um apresenta seu tempo e sua maneira de expressar o que conhece e sabe fazer. Ninguém respeita algo que não conhece, por isso é da escola o papel de trabalhar e despertar a percepção e a consciência de seus integrantes para a diversidade que compõem os grupos familiares ou de convivência.
Através de autores como Marilene Paré, Piaget, fui observando uma tomada de consciência importante em relação ao papel do educador - aquele que se propõe educar, levar o outro a crescer, a aprender. Quando existe esta consciência, o professor age com mais autoridade com seu aluno, porque ele está seguro do que está fazendo, então permite que seu aluno seja autônomo, faça escolhas e tome decisões.
De acordo com o que foi visto na interdisciplina de Psicologia, que abordou a teoria de Piaget, a aprendizagem ocorre quando aluno e professor interagem, trocam experiências, informações e questionamentos. O ensino deve acontecer de acordo com a realidade de cada um, considerando e respeitando os seus limites e dificuldades, oportunizando ao aluno o direito de criticar, de dialogar, discordar ou concordar, de ouvir e de falar, de ver com seus próprios olhos. Diante disso a metodologia dos Projetos de Aprendizagens, trabalhada pelo Seminário Integrador, ofereceu um suporte de como trabalhar as diferenças, trazendo uma proposta para trabalhar com PAs por incluir a todos os alunos, partindo daquilo que lhes interessa, que aguça a sua curiosidade, que acolhe e que respeita o tempo de cada um.

Um comentário:

Roberta disse...

Cristina!!

Conseguiste relacionar a maioria das interdisciplinas desse semestre com o teu TCC trazendo argumentos interessante para fundamentar as tuas reflexões.

Abraços
Roberta